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A HOSPITALIDADE INCONDICIONAL AO MIGRANTE: A SUPERAÇÃO DA TOLERÂNCIA PARA UMA ÉTICA DA HOSPITALIDADE NO PENSAMENTO DE DERRIDA E DE LEVINAS

Luis Alberto Méndez Gutierrez
A presente pesquisa tem como objetivo propor uma ética da hospitalidade para com o migrante em detrimento de uma lógica da tolerância que predomina nos vários ambientes e setores da sociedade, gerando, dessa maneira, uma situação de tensão constante e de esgotamento. A tolerância supõe uma atitude, uma ação provocada por alguém que tem poder e que coloca as regras do jogo. Nesse contexto, a parte mais débil não tem a chance de escolher, mas somente de aceitar as regras impostas e de ser tolerado. Por isso, propõe-se uma ética da hospitalidade, de abertura, de acolhida sem restrições e sem condições, em que todos são chamados a praticar a hospitalidade, porque é abertura total ao desigual que se apresenta, sem regras, sem carta de recomendações. O migrante deve ser acolhido na sua diversidade, pois na sua presença há uma vida, um ser que pensa, que sonha, sofre, ama e quer viver com dignidade a partir dele. Os migrantes centroamericanos, durante o percurso pelo corredor mexicano, são invisibilizados, sequer tolerados em diversas oportunidades, sofrem inúmeros rechaços e violências. Em algumas ocasiões são tolerados, mas com a condição de submeterem-se a várias condutas desumanas. Há muitas experiências de hospitalidade nos centros de apoio aos migrantes, assim como ajuda de várias pessoas e famílias que, de forma silenciosa, oferecem um pedaço de pão, gesto por meio do qual se expressa toda a hospitalidade incondicional. Em suma, embora os gestos concretos não decorram de grandes reflexões filosóficas e teológicas, são eles que provam que a hospitalidade incondicional é possível.


232 p.


ISBN 978-65-5460-017-0

DOI: https://doi.org/10.36592/9786554600170

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