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ESTÉTICA DO FRIO, UMA ONTOLOGIA VISUAL: ENSAIO-VIAGEM SOBRE O SER GAÚCHO

Guilherme Reolon de Oliveira
Gaúchos são identificados como um povo com singularidades e diferenças marcantes: sul-rio-grandenses são, antes, gauchos e, depois, brasileiros: em muito nos aproximamos mais de “hermanos” argentinos e uruguaios, menos de uma tropicalidade esfuziante e carnavalesca. O solo e o clima contribuem para esta construção identitária. Neste sentido, o músico e escritor Vitor Ramil destaca da importância de uma “estética do frio”, que caracterizaria este espaço e sua cultura. O frio, definidor do gaúcho, produziria, segundo o autor, uma metáfora definidora, principalmente porque toca a todos os habitantes do Rio Grande do Sul, em sua heterogeneidade, um povo de pampa e serra, de indígenas nativos e imigrantes, rural e urbano, de neve e minuano. Este trabalho tem como objetivo principal analisar a “estética do frio”, tal como esboçada teoricamente por Ramil, e a materialização desta noção em seu trabalho artístico – literário e musical. Tal macro análise serve para, como objetivo específico, investigar a identidade gaúcha, através das características da Estética do Frio apontadas por Ramil (melancolia, clareza, rigor, concisão, pureza, profundidade e leveza) e dos artistas e/ou movimentos artísticos que a influenciaram (Turner, Gaughin, Giotto, Kandinsky, Monet, Miró, Matisse e o surrealismo). Tal acontece a partir dos conceitos de identidade, identificação, fantasia, sintoma e estilo, ancorados na teoria psicanalítica (Freud-Lacan) e na filosofia contemporânea, por meio de uma conjugação dos métodos genealógico e etnográfico, associados ao ensaio-como-forma.

159p.

ISBN – 978-65-87424-75-0
DOI: 10.36592/978-65-87424-75-0

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